Input – A única maneira de aprender inglês

From Antimoon Translation Project

versão original (Input — the only way to learn English)
Artigo em processo de tradução


O que é input?edit

Input é uma palavra que significa as "frases que você lê e escuta". Input é o oposto de output, o qual significa "frases que você fala ou escreve".

O modelo de aprendizado de línguas.edit

Alguma vez já se perguntou como é possível falar a sua língua nativa tão facilmente? Quer dizer alguma coisa (expressar algo) e as frases e sentenças corretas simplesmente aparecem. A maior parte desse processo é inconsciente; algo simplesmente aparece na sua mente. Você pode dizer isto ou não, mas você não sabe de onde vem. Este modelo explica como isto é possível:

1.Obter input – quando lê ou escuta frases em algum idioma. Se entender essas frases, elas serão gravadas em sua mente. Mais especialmente, elas são guardadas na parte do seu cérebro responsável para a linguagem.

2.Quando você quer dizer ou escrever algo nesse idioma (quando quiser produzir output), seu cérebro pode buscar por uma frase que ouviu ou leu antes – uma frase que encaixe com o sentido que se quer expressar. Então, ele imita a sentença (produz a mesma frase ou uma similar) e você diz sua "própria" frase no idioma. Este processo é inconsciente: o cérebro faz isso automaticamente.

Comentários sobre o modeloedit

Certamente esse modelo é muito simples. O cérebro realmente não busca por frases completas, mas sim por partes de sentenças (frases). Ele pode construir sentenças muito complicadas e longas a partir dessas partes. Então ele não apenas "imita" uma frase de cada vez. Ele usa muitas frases ao mesmo tempo para construir frases originais.

Por exemplo, ele "sabe" que pode pegar uma palavra na frase que ouviu e substituir por outra palavra (uma equivalente). Por exemplo, se ele ouviu "O gato está debaixo da mesa", ele pode facilmente produzir "O cachorro está debaixo da mesa" ou "O livro está debaixo da cadeira" (se ele já ouviu também e entendeu os substantivos cachorro, livro, e cadeira). Ele pode substituir por mais que uma palavra, como em "O gato está debaixo da mesa grande e preta".

O cérebro pode também fazer transformações mais avançadas. Se você der ao cérebro estas três sentenças,

Eu gosto de golfe. Eu gosto de pescar salmão. O golfe é relaxante.

Ele pode produzir isto: Pescar salmão é relaxante.

Aqui um substantivo da frase com um verbo (pescar salmão) foi substituído por um substantivo regular (golfe). Como resultado, nós temos uma sentença original a qual não parece similar com alguma das três sentenças de input.

Mas estas considerações não mudam o mais importante fato: O cérebro precisa de input. Quanto mais frases corretas e compreensíveis ele tenha, mais frases poderá imitar e as usar para melhor produzir suas próprias frases.

O que o modelo significa para os aprendizes de idiomaedit

Aqui está o que é importante no modelo pelo ponto de vista de um aprendiz estrangeiro:

O cérebro produz sentenças baseadas em sentenças que ele já viu ou ouviu (input). Então o caminho para melhorar é alimentar seu cérebro com bastante input – frases corretas e entendíveis (escritas ou faladas). Antes que você possa começar a falar e escrever no idioma estrangeiro, seu cérebro precisa ter sentenças o suficiente naquele idioma.

Output (falar e escrever) é menos importante. Não é o caminho para melhorar suas habilidades no idioma. De fato, você deve lembrar que você pode prejudicar seu inglês através de um precoce e descuidado output. Também, pode ser possível desenvolver uma ótima habilidade de output sem praticar necessariamente o output! Você não precisa de regras gramaticais. Você aprendeu seu primeiro idioma sem estudar tempos ou preposições. Pode-se aprender um idioma estrangeiro da mesma forma.

Como o input pode modificar seu inglêsedit

Se você ler poucos livros em inglês, irá perceber que seu inglês vai melhorar. Você vai começar a usar novo vocabulário e gramática nas redações da escola e nas mensagens de e-mail. Você irá se surpreender, mas frases em inglês irão simplemente vir quando você estiver escrevendo ou falando! Coisas como o tempo pretérito e como o uso da palavra "since" irão se tornar parte de você. O uso delas será automático, sem pensar. Frases corretas vão simplesmente aparecer na sua cabeça.

Será fácil usar inglês, por que seu cérebro irá apenas repetir as coisas que ele já viu muitas vezes. Lendo um livro em inglês, você estará dando a seu cérebro milhares de sentenças em inglês. Elas são paret de você agora. Como você pode cometer um erro e dizer "I feeled bad", se você viu a frase correta ("I felt bad") 50 vezes nos livros que já leu? Você simplesmente não comete esse erro nunca mais.

Você irá seguramente perceber uma melhora no seu inglês no próximo teste. Por exemplo, numa questão de multipla escolha, vai ser possível "sentir" qual é a resposta correta. Você pode não saber "por que" ela é a correta (provavelmente não será capaz de dar a regra disso), mas você saberá que é a correta. Saberá por que já vai ter lido frases similares muitas vezes.

Isso é válido para todas as palavras e regras gramaticais. Se você estiver lendo em inglês, esqueça sobre regras gramaticais. Jogue fora seu livro de gramática! Você não precisa aprender as regras do "present perfect tense", você nem mesmo precisa saber o que é "present perfect tense", em vez disso, leia alguns livros em inglês e logo você irá "sentir" que "I have seen Paul yesterday" está errado e que "I saw Paul yesterday" é o correto. A primeira frase irá simplesmente soar incorreta. Como? Simples, o seu cérebro terá visto a frase do segundo exemplo umas 192 vezes, já a frase do primeiro exemplo, nenhuma vez.

Você sabe qual é a diferença entre um estudante de inglês e um falante nativo? O falante nativo "sente" o que está incorreto. Ele pode dizer se a frase soa correta ou incorreta (não natural) sem precisar recorrer ao conhecimento de regras gramaticais. Ele pode fazer isso porque ouviu e leu uma enorme quantidade de frases em inglês durante toda sua vida. Essa é a única diferença entre um estudante de inglês e um falante nativo — a quantidade de input. Você também pode chegar ao mesmo nível de um falante nativo através de muito, muito input.

Como eu me dei conta de que eu era um falante nativoedit

Eu nunca me esqueço da primeira vez que abri o livro Pratical English Usage de Michael Swan (um excelente livro de gramática em uso do inglês). Isso foi no fim da faculdade e eu já tinha um bom nível de inglês. O livro era cheio de gramática e problemas de usos como "quando se deve usar below e quando usar under?" e "qual conjunto de coisas você pode expressar com a palavra must?". Para cada problema, havia frases de exemplo (exibindo a forma correta e a incorreta para se dizer algo) e as regras como em "Use under quando algo está coberto ou escondido pelo que está em cima, e quando as coisas estão tocando.

Eu folheei o livro, página por página. Quando encontrava exemplos incorretos, eu pensava "É verdade isto não soa bem". Quando achava uma regra, pensava "Oh, não sabia que havia uma regra para isso". Página por página, eu tinha a impressão que não sabia regra alguma no livro, e... eu não precisava delas! (E eu não podia aprender todas elas mesmo se eu quisesse.) Eu conseguia simplesmente olhar uma frase e dizer se ela soava bem ou não.

Eu agia como um falante nativo de inglês. Lendo livros, assistindo TV, ouvindo gravações, etc. Obtive muito input e desenvolvi uma intuição em inglês.

Há muitos exemplos de pessoas que se tornaram quase em falantes nativos, graças a um input intensivo – por exemplo, Michal, eu, e os outros autores na seção de Aprendizes de sucesso de inglês. Você também pode ler sobre os dois casos interessantes de um artigo científico de Stephen Krashen.