Brazilian vs Portugues; we know!

Harman   Tue Oct 13, 2009 7:26 pm GMT
Lavado cerebral also in spanish
Evinória   Wed Oct 14, 2009 3:19 am GMT
João me permita ajustar algumas palavras que você escreveu.




<<<: autocarro (EUPT), omnibus (BRPT)>>> Não se escreve Omnibus e sim ONIBUS;

---

Train: comboio (EUPT), trem (BRPT). Está correto! No Brasil existe uma diferença para Trem (Locomotiva que puxa vagões) e Metrô (Locomotiva com vagões, cada um com motores). Este último é conhecido pela palavra Inglêsa Subway. (Eu acho) rrsrsrsrs

---

Tram: eléctrico (EUPT), bonde (BRPT). Correto também!

---

Glass of draft beer: imperial (EUPT Lisbon), fino (EUPT Oporto), chopo (BRPT). No Brasil não se diz nem se escreve CHOPO mas sim CHOPE.

---

Shopping mall: Centro Comercial (EUPT), Shopping (BRPT). Também correto. Em alguns lugares do Sul do Brasil e do Norte, se fala e se escreve "GALERIA" em vez de Shopping.

---

Girl: rapariga (EUPT), menina (BRPT). No Brasil, a palavra Rapariga, apesar de também poder significar Menina, coinscide mais com a palavra GAROTA, e a palavra gajo coinscide mais com a palavra GAROTO.


---


Road: estrada (EUPT), rodovia (BRPT). No Brasil também se usa estrada, porém o termo rodovia é largamente utilizado. Mas Estrada é muito utilizado também.

---

Polish: Polaco (EUPT), Polonês (BRPT). Isso mesmo.

---

Amsterdam: Amesterdão (EUPT), Amsterdã (BRPT). Exato querido!

---


Eu vou adicionar estas aqui, que minha mãe me ensinou. Se estiverem erradas, por favor me diga!

Icecream: Sorvete (PTBR); Gelado (PTPT);

Gum: Chiclete, Bala (PTBR); Rebuçado (PTPT);

Silly: Bobo, Parvo² (PTBR); Parvo (PTPT)

Cool: Legal, Massa (PTBR); Fixe, Giro (PTPT); (Tenho amigos portuguêses muito fixe =D)

Make sex: Transar (PTBR); Fazer sexo (PTPT);

Gossip: Fofocar (PTBR); Escuvelhar (PTPT);

Site: Site (PTBR); Sítio (PTPT);

Place: Lugar (PTBR); Sítio(PTPT);

Fact: Fato (PTBR); Facto (PTPT);

Little Boy: Moleque, Pirralho, Menininho (BTPR); Menininho (PTPT);

File: Arquivo (PTBR); Ficheiro (PTPT);

Bathroom: Banheiro (PTBR); Casa de Banho (PTPT);

Goal: Gol (PTBR); Golo (PTPT);

Subway: Metrô (PTBR); Metropolitano (PTPT);

Cell Phone: Celular (PTBR); Telemóvel (PTPT);

Styrofoam: Isopor (PTBR); Esferovite (PTPT);

Nickname: Apelido (PTBR); Alcunha (PTPT)

Surname: Sobrenome (PTBR); Apelido (PTPT);

(Excepcional) Kid: Criança (PTBR); Puto (PTPT);

Whistle: Assobio, Silvo (PTBR); Silvo (PTPT)


_______________________________________


Algumas diferenças ortográficas:

Action: Ação (PTBR); Acção (PTPT);

Baptism: Batismo (PTBR); Baptismo (PTPT);

Contact: Contato (PTBR); Contacto (PTPT)

To Contact: Contactar* (PTBR); Contactar* (PTPT);

Way: Direção (PTBR); Direcção (PTPT);

Electrical: Elétrico (PTBR); Eléctrico (PTPT);

Optimum: Ótimo (PTBR); Óptimo (PTPT);




Eu acho que essas diferenças apenas enriquecem a nossa língua e de maneira alguma a deturpam. É a mesma língua? Há controversias. Eu prefiro pensar que temos um certo grau de identidade no Português do Brasil, da mesma forma que o Português de Portugal tem seu grau de identidade. Mas por certo que ainda é a mesma língua.
Marcos Bagno   Wed Oct 14, 2009 10:28 am GMT
cancro do esófago (Portuguese)
cancer de esófago (Spanish)
câncer de esôfago (Brazilian)


You have to be blind to ignore the differences.
Luísa   Wed Oct 14, 2009 10:34 am GMT
Eu ainda não formei uma opinião válida sobre a língua portuguesa e brasileira, visto não ter muitos dados sobre o assunto. Mas há uma opinião que eu tenho formada.

Mais do que a língua portuguesa, os brasileiros gostam de ridicularizar os portugueses. Penso que isso se passa com todos os povos que no passado, foram alvo de alguma "invasão imperialista". O mesmo nos irá acontecer relativamente aos países africanos daqui a uns anos. E nós portugueses, também aproveitamos todas as oportunidades para "mandar abaixo" os espanhóis, e só cá os tivemos durante 60 anos! É assim uma espécie de "raiva colectiva" contra invasores. As populações vindouras estão sempre desgraçadas! eheheheh
UNICAMP   Wed Oct 14, 2009 10:44 am GMT
A Profa. Eni Orlandi, autora do livro "Língua Brasileira e Outras Histórias", publicado pela RG Editores, foi procurada pela assessoria de imprensa da Unicamp para falar sobre seu livro. Confira no link abaixo o conteúdo completo da entrevista.

http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/agosto2009/ju437_pag03.php
Marcos Bagno   Wed Oct 14, 2009 11:18 am GMT
Que o Brasil é um país entranhadamente racista é coisa sabida e consabida. As estatísticas estão aí, como se fosse necessário o positivismo dos dados para confirmar: embora os não-brancos representem hoje metade da população, somente 14% deles têm curso superior; só 13,1% têm assento no Congresso Nacional, ao mesmo tempo em que constituem 70% da população analfabeta. Se isso não é racismo, sr. Ali Kamel, então me diga o que é. Impregnado nas mais diversas esferas sociais, poucas pessoas, no entanto, se dão conta de que também existe um racismo profundo na história lingüística do Brasil.

Logo após a Independência, nossa ínfima elite intelectual se divertiu com o debate sobre o estabelecimento de uma norma-padrão para o português brasileiro. De um lado, os defensores da "língua brasileira" sustentavam a autonomia do nosso português com relação ao falado na Europa e lutavam pelo reconhecimento das características idiomáticas da nossa fala urbana como legítimas, inclusive para o uso na literatura. Do outro, os que recusavam essas características e defendiam a observância rígida das normas gramaticais do português lusitano. Liberais ou conservadores, porém, todos lutavam contra um mesmo fantasma: o português brasileiro falado pela imensa maioria da população, composta de negros e mestiços, e que trazia (e traz) as marcas dos processos de contato lingüístico entre o português e as diferentes línguas africanas aqui chegadas junto com os escravos.
É claro que, numa sociedade desde sempre oligárquica e autoritária como a nossa, venceu o projeto conservador, que acabou por instituir, como norma para o português brasileiro, um padrão inspirado nos usos literários de um punhado de escritores lusitanos do século XIX. O objetivo desse projeto, evidentemente, não era só lingüístico: era também distanciar o máximo possível a elite branca do "populacho" mestiço. Nossas classes dominantes sempre tiveram absoluto horror a tudo o que fosse genuinamente nosso, nativo, autóctone. Ora, elas jamais aceitariam como sua a língua que Araripe Jr., em 1888, chamava de "o falar atravessado dos africanos". Para fugir disso, estabeleceram como padrão de "língua certa" um modelo importado que se afastava, ao mesmo tempo, do português popular brasileiro e das variedades urbanas da própria elite branca e letrada. Negação do outro, negação de si, alienação total e absoluta, esquizofrenia perfeita.
Essa é a origem do abismo largo e fundo que separa, até hoje, a língua que os brasileiros falam (e escrevem) - inclusive os altamente letrados com vivência urbana - das prescrições irreais e irracionais de uma norma-padrão fixada, já na origem, como uma impossibilidade de realização plena por parte de qualquer brasileiro. Ao contrário de outras sociedades, democráticas de fato, em que os usos lingüísticos reais das camadas letradas urbanas servem de base para se fixar o padrão a ser descrito pelas gramáticas e dicionários, ensinado nas escolas etc., no Brasil vivemos uma esquizofrenia lingüística: falamos o português brasileiro, resultante de 500 anos de contato lingüístico com idiomas africanos e indígenas, a terceira língua mais falada do hemisfério ocidental, mas utilizamos, como normas de regulação dessa língua, um conjunto de prescrições absurdas, arcaicas, já obsoletas em meados do século XIX, que contradizem frontalmente o nosso saber lingüístico intuitivo.
O português brasileiro é uma língua para a qual confluíram e confluem matrizes lingüísticas européias, ameríndias e africanas. Se tantos brasileiros pronunciam "djia" e "tchia" o que se escreve dia e tia é porque mamaram essas pronúncias junto com o leite das suas babás negras, junto com tantas coisas maravilhosas que os africanos nos legaram e que nossas classes dominantes continuam a repudiar como se não fossem suas, embora essas coisas estejam inscritas no DNA de todos os brasileiros.
Guest   Wed Oct 14, 2009 2:32 pm GMT
(Excepcional) Kid: Criança (PTBR); Puto (PTPT);


LOL.
Kelly   Wed Oct 14, 2009 5:36 pm GMT
Kid: Moleque, guri, garoto (BR) - puto, miúdo (PT)
preto   Wed Oct 14, 2009 9:02 pm GMT
There are not so many blacks in Brazil to the point that they made a big impact on the language. According to the official census 18% of Brazilians are blacks, more or less like in USA.
Little Tadpole   Thu Oct 15, 2009 7:34 am GMT
preto:"There are not so many blacks in Brazil..."

You've gotta be kidding, right?

http://en.mercopress.com/2009/04/25/black-population-becomes-the-majority-in-brazil

"... Black population becomes the majority in Brazil
Brazil and its almost 200 million population is no longer a country of white majority. The credit now belongs to the 49.6% black or mulatto population compared to the 49.4% defined as white and this is set to increase in coming years with that percentage increasing to 54, according to a recent report from the Rio do Janeiro Federal University."

A person that calls himself white in Brazil, is often considered black in the USA. Today, about half of the Brazilians have some African ancestry. That's not small, that's 100 million people.
Karioka da Gema   Thu Oct 15, 2009 1:14 pm GMT
Nowadays, the government does not seek differences between a pure black, mulatto, light mulatto, all not-whites-Japanese-Indians are PARDO [dark] in official statistics.
Joao   Wed Oct 21, 2009 1:38 am GMT
Evinória, obrigado. Não sabia como se escrevia (lol)
Sobre "rapariga" era apenas o que ouvi de brasileiros. Afinal não estava correcto... ou correto (lol)

Some more diferences:

mom: mamã (EU PT), mamãe (BR PT)
dad: papá (EU PT), papai (BR PT)
santa klaus: pai natal (EU PT), papai noel (BR PT)
juice: sumo (EU PT), suco (BR PT)
Joao   Wed Oct 21, 2009 1:42 am GMT
Evinória, note that some of the differences you mentioned in Brazilian Portuguese can also be used here in Portugal: bobo, sorvete, fofocar, pirralho, etc
Paul   Wed Oct 21, 2009 4:13 am GMT
<<Today, about half of the Brazilians have some African ancestry.>>

Its far more than that, according to recent genetic studies done in Brazil:

<<De acordo com esse mesmos estudos genéticos, 45% de todos os brasileiros, brancos e negros, teriam cerca de 90% de genes africanos subsaarianos; e que cerca de 86% possuem 10% ou mais de genes africanos subsaarianos.[24]

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-40142004000100004&script=sci_arttext&tlng=en#tab06>>

Nearly all brazilians, including the 'whites' and 'blacks' are of mixed racial origin, so its meaningless to try to categorize them. The census figures just reflect how people self-identify.
correction made   Wed Oct 21, 2009 11:08 am GMT
Icecream: Sorvete (PTBR); Gelado (PTPT);
( Sorbet=Sorvete (PTPT))


Gum: Chiclete, Bala (PTBR); Rebuçado (PTPT);
Rebuçado (PTPT)=sweet/candy
Gum=Pastilha Elástica (PTPT) Chiclete is now some what disuse.



Silly: Bobo, Parvo² (PTBR); Parvo (PTPT)

Cool: Legal, Massa (PTBR); Fixe, Giro (PTPT); (Tenho amigos portuguêses muito fixe =D)

Make sex: Transar (PTBR); Fazer sexo (PTPT);
Have sex=fazer amor, fazer sexo fazer uma queca and many more...(PTPT)



Gossip: Fofocar (PTBR); Escuvelhar (PTPT);
Both are used (PTPT)



Site: Site (PTBR); Sítio (PTPT);
Both are used (PTPT)



Place: Lugar (PTBR); Sítio(PTPT);
Both are used (PTPT)



Fact: Fato (PTBR); Facto (PTPT);

Little Boy: Moleque, Pirralho, Menininho (BTPR); Menininho (PTPT);
Rapazito,Puto (PTPT)



File: Arquivo (PTBR); Ficheiro (PTPT);
Archive=Arquivo (PTPT)



Bathroom: Banheiro (PTBR); Casa de Banho (PTPT);

Goal: Gol (PTBR); Golo (PTPT);

Subway: Metrô (PTBR); Metropolitano (PTPT);
Both are used (PTPT)


Cell Phone: Celular (PTBR); Telemóvel (PTPT);

Styrofoam: Isopor (PTBR); Esferovite (PTPT);

Nickname: Apelido (PTBR); Alcunha (PTPT)

Surname: Sobrenome (PTBR); Apelido (PTPT);
Both are used (PTPT)



(Excepcional) Kid: Criança (PTBR); Puto (PTPT);
Both are used (PTPT)



Whistle: Assobio, Silvo (PTBR); Silvo (PTPT)
Both are used (PTPT)