Brazilian portuguese and spanish

Arfredo   Wed May 24, 2006 4:29 pm GMT
Kendra andava um cadim sumida, causu di que? Se aprisionô num vidro de parmito e jogou a chavi fora?

Intaum como eu sê qui ocê é fina resorvi iscreve uns mimu, pralegrá u dia di ocê usando minhas expressões de encantamento (o seguinte li num cantim di uma pedra di um cimitério):

“que ocê curta o dia de hoje como nas suas boda di prata”

Viu gente ….ela só carecia de tanta tenção… Cêis pensa qui a probri da Kendra num gosta di portugê? Mentira, gosta di portuguê pur dimais.Só que ela é muito impursiva, incovenienta.

(Se gostá do mimu ponhá um biete no foró pra mim. Num rispondo si no biete num ser dentificada)


Arfredo
Kendra   Wed May 24, 2006 7:21 pm GMT
Ôy Arfredo, tudu baum? Cê tá agindo feito um abilolado. vê se pára com isso, viu?

baita bejuuuuuu
Arfredo   Thu May 25, 2006 10:32 am GMT
Vixe! Ceis ponharum reparu na bilizura do biete dela? Aiiiii qui tô emocionado !!

Ôy Kendra.
Num rispondi onti ocaso que a conequição di ternete num funcinava nem á manivela, cumeçou tudo a freá. Dipois di muita reza o o jeitu foi sentá e xorá di raiva.
Òdipois, a mode di variá, botei os pé na estrada e fui no rasta pé a modo di prosear com a muierada, comé pamonha e enchê a cara de tubaina. Dormi no pon di ômbus á ispera di cundução.


Bão, pra incurtá a história, vamu prus finarmenti que água parada dá dengue.

Nossinhora! Mais tô vexado cum a frauta di compustura da muierada forgada e espaçada qui escrevi biete no foró…. que bisurdo.. que brigaiada…parece que a muierada só tá a brigar causa do tal di portuguê. Mais parece umas ofiricida, umas sucuri disgranhenta di língua bifurcada. Tantu artifício prá azucrinâ os pobri cuitado. Gente, deixe os hômi in pais! Ceis tá vergonhando as muié di rispeito.
Quiria iscrarecê a trapaiada sem fundamentu. A turma no brasiu fala meimo é portuguê. Vim contá causu di qui tenho tepassadus di portuguê e talianu, sangue retrasado di portuguê misturado di talianu. Num me avexo naum.




E pras muierada torcê o guizo de inveja

Beijim procê Kendra

Arfredo
Arfredo   Thu May 25, 2006 12:20 pm GMT
Causa qui naum dormi direito, no pon di ômbus, meus oio estaum meio grudado. Me esqueci di botar no biete que meu primu do lado di mia maim si mandou la pra portuagau faz mai di trei mês. Já tá ajeitado o cuitado. Mandou fotu, o homi tava uma legancia, mais criviu qui senti fauta di rapadurinha qui num tem, nem tem garapa e o povo fala rolado mais dá pra entender tudim direitim que ele é muito esforçadu. Vamu vê, tarvez vá também no finá di ano trabaiar pra portugau. Deus há di min ajudá a realizá meu sonhu.

Tudo di bom procê
Arfredo
Viri Amaoro   Thu May 25, 2006 12:22 pm GMT
This is a very good example of a portuguese creole, this truly is Brazilian. If brazilians want to create a new language they must speak and write like this, albeit at the price of loosing the foreign speakers of their language today.

Another problem would be to agree on a standard. These examples above sound like the speach of Nordeste I hear on TV. What about other areas in the country, like the South or the Amazon? Could a country as big and regionally diverse as Brazil ever agree on a common Brazilian standard?
Guest   Thu May 25, 2006 3:18 pm GMT
Vai ao riu djanêru naum kius bandidu ti pêgaum Arfredo
Marinheiro   Thu May 25, 2006 3:20 pm GMT
I'm Back !
What's up ?
"Buenas e me espalho, nos pequenos dou de prancha e nos grandes dou de talho".

Brazilian Portuguese - Almost 200.000.000
Língua Principal da América do Sul
Mercosulilly   Thu May 25, 2006 9:14 pm GMT
Escuelas de frontera


Mais na divisa, impossível: o marco que divide Brasil e Uruguai fica bem em frente à Escola Saldanha da Gama, em Santana do Livramento

- Buenos dias, professora.

- Bom dia a todos.

- ¿Qué vamos aprender hoy?

- Hoje vamos estudar a história do país vizinho.

- ¡Que bueno!

Diálogos bilíngües não são raros em salas de aula localizadas nas fronteiras brasileiras.

Continue reading: http://www.ipol.org.br/ler.php?cod=283
Gabriel   Thu May 25, 2006 9:26 pm GMT
Very interesting link Mercosulilly. The word "choripan" listed as "Portunhol" has to be just as common in Spanish-speaking Montevideo as "Chorizo al pan" though. I find it interesting that the Portunhol word for "gracioso" is "bolaço". The word "bolazo" is widely used in Uruguayan Spanish to mean "nonsense".
Conana   Fri May 26, 2006 2:12 am GMT
Por que que a língua portuguesa vai se acabar no Brasil. (Está sendo substituida pela língua brasileira):

a) ausência de uma política da língua;
b) omissão das autoridades públicas, a quem cabe zelar pelas instituições. Não seria despautério (ou despropósito) afirmar que 100% das autoridades públicas desconhecem que a língua é uma instituição pública;
c) ausência de organizações, como a Academia Brasileira de Letras, na defesa e preservação da língua;
d) indiferença de linguistas, lexicógrafos, gramático e até de “professores de portugues” às agressões perpretadas contra a língua;
e) o mau ensino da língua portuguesa em todos os níveis de escolaridade;
f) ignorância (ou burrice) mesmo;
g) baixo nível de leitura e de cultura.
There are no regional dia   Fri May 26, 2006 7:26 am GMT
Informação oficial

Language

Portuguese is the official language of Brazil. Except for the languages spoken by Indian tribes living in reservations, Portuguese is the only language of daily life. There are no regional dialects. Brazil is the only Portuguese speaking country in South America.

http://www.brasembottawa.org/en/brazil_in_brief/people.html
Viri Amaoro   Fri May 26, 2006 11:43 am GMT
I've never been to Brazil but I hear that in brazilian schools there are lots of Marxist teachers and professors who insist in gloryfying the "língua do povo" supposedly sounding very caring and democratic but in reallity using that separation between "língua do povo" and the educated speech of the (teaching) elites to maintain their real and symbolic power in the classroom.
Kauã Neumann   Fri May 26, 2006 2:43 pm GMT
''I've never been to Brazil but I hear that in brazilian schools there are lots of Marxist teachers and professors who insist in gloryfying the "língua do povo" [language of the masses]''

So, there must be many Marxist teachers in the USA as well since, Americans like to use their language in a very relaxed and informal way, just like Brazilians. Americans don't care if English people find sloppy their usage. The same is true of Brazilians and their ex-colonizers, Portuguese.
Kauã Neumann   Fri May 26, 2006 2:45 pm GMT
BRAZILIAN LANGUAGE. Língua brasileira:

http://cienciaecultura.bvs.br/pdf/cic/v57n2/a16v57n2.pdf

''Há uma composição de sentidos em nossa memória lingüística que funcionam, simultaneamente, em movimentos simbólicos distintos, quando falamos a língua brasileira. Isto significa que há uma marca de distinção na materialidade histórica desses sistemas simbólicos que carrega a língua brasileira dessa composição de sentidos. Eis a duplicidade, a heterogeneidade, a polissemia no próprio exercício da língua: o português e o brasileiro não têm o mesmo sentido. São línguas materialmente diferentes.

Dados esse fatos, a história da identidade da língua nacional se alongará por meio de acontecimentos múltiplos, como acordos, fundação de academias, regulamentos escolares, constituintes e outros. É essa história que começamos a conhecer, e este artigo é apenas um pequeno passo em direção a esta forma de conhecimento que é também uma tomada de posição face ao conhecimento da língua e da constituição da língua nacional no Brasil. Considerações acerca da língua materna, do idioma pátrio, da língua nacional são outras tantas que nos levam a novas reflexões igualmente esclarecedoras a respeito da língua nacional que falamos no Brasil e do modo como a nomeamos. ''

BIBLIOGRAFIA CITADA

Auroux, S, Orlandi, E. e Mazière F. "L'hyperlangue brésilienne", in Langages, 130, Paris, Larousse. 1998.

Authier, J. "Hétérogénéités énonciatives" in Langages, Paris, Larousse. 1987.

Dias, L. F. Os sentidos do idioma nacional, Campinas, Pontes. 1996.

Guimarães, E. "Línguas de civilização e línguas de cultura. A língua nacional do Brasil". In Barros, D.L.P. Os discursos do descobrimento. São Paulo, Edusp/Fapesp. 2000.

Guimarães, E.R.J. História da semântica, Campinas, Pontes. 2003.

Mariani, B. e Souza, T. C.C. de "Questões de lusofonia", Organon, 21, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 2000.

Orlandi, E. P. Língua e conhecimento lingüístico. São Paulo, Cortez. 2002.
Rui   Fri May 26, 2006 3:24 pm GMT
Fizeste bem em copipastar esse texto, ó Kauã, porque as tuas duas mensagens precedentes ilustram bem o que está em causa nestas discussões sobre o Português do Brasil : é tudo uma questão de níveis de linguagem, familiar e informal x elaborado e formal. Escusado será dizer que ambos os níveis são necessários e têm valor próprio, desde que no seu contexto certo.

1. Em casa, ou na rua com a galera, cada um fala como quer, distorce e brinca com a língua, usa-a como dá mais jeito, e pode ter a ilusão de estar a criar uma língua nova - uma espécie de língua-pagode.

2. Quando chega de brincadeira e quer pensar e falar a sério, recorre a todas as potencialidades expressivas, conceptuais e formais, da língua que é a sua. Para isso precisa da língua inteira, com todas as complexidades gramaticais, e quanto melhor uso souber dar à língua, mais complexo, profundo e verdadeiro poderá ser o seu pensamento (assim o permita a massa cinzenta...).

Daí que se verifique este paradoxo, que a aparente contradição entre o teor dos teus dois posts revela : o melhor texto que se possa imaginar sobre a especificidade da língua falada no Brasil, será necessariamente um texto em excelente Português (tout court).