Pronunciation of Roman languages

Guest   Mon Oct 01, 2007 3:06 pm GMT
<< y a-t-il quelqu'un ici? >>

Ouais, il y a. C'est moi!
Guest   Mon Oct 01, 2007 8:31 pm GMT
O que é o pretogues? Nao conheço?! Queria dizer que o portugues falado no Brasil é mais doce e é como se tivesse um pouco de açucar..
Mallorquí.   Mon Oct 01, 2007 9:54 pm GMT
C'est un jeu de mots. En portugais, "preto" veut dire "noir". "Pretoguês" (ai lieu de "português") serait du portugais parlé par des noirs.
Mallorquí.   Mon Oct 01, 2007 10:07 pm GMT
Il semble sûr que le portugais parlé au Brésil est plus proche (du point de vue du système vocalique) du portugais du XVIème siècle, que le portugais européen actuel ne l'est. En effet, depuis ce siècle-là, et à partir du parler de Lisbonne, le portugais du Portugal a évolué très rapidement dans le sans de réduire ou neutraliser les consonnes atones. Cela pour résultat que cette prononciation semble "comprimée".

En voilà deux exemples: "coroa", (couronne), se prononce habituellement "croa" au Portugal, tandis que, au Brésil, on prononce le mot "entier". "Com licença" (s'il vous plaît; permettez-vous?) se prononce, au Portugal, "conlisenss"; au Brésil, "com licença".

Il faut y ajouter la vitesse à laquelle on parle à Lisbonne (et, en conséquence), au Portugal, une vitesse trépidante, tandis que l'élocution brésilienne est beaucoup plus lente, très chantante ("português com açúcar").

Si une métisse brésilienne vous dit "fique, meu bem, fique. Não va embora" (reste, mon amour, ne t'en va pas), vous fondez comme du beurre au soleil.

À priori, le Brésilien reste plus proche du portugais de la Rénaissance.

Mais... "d" et "t" devant "e", "i", se palatisent au Brésil, comme quoi "necessidade" se prononce à peu près "necessidadji", et "Curutiba", "Curitchiba".

Cela n'est qu'une première approche
zatsu   Tue Oct 02, 2007 1:18 am GMT
<<Peço desculpa pelos erros que dei neste "post". >>
Na verdade o post não tem nenhum erro^^
Podes experimentar usar mais vírgulas, para pontuar mais as frases. É praticamente a única coisa a apontar porque o Português é bom!


<<Il semble sûr que le portugais parlé au Brésil est plus proche (du point de vue du système vocalique) du portugais du XVIème siècle, que le portugais européen actuel ne l'est. En effet, depuis ce siècle-là, et à partir du parler de Lisbonne, le portugais du Portugal a évolué très rapidement dans le sans de réduire ou neutraliser les consonnes atones. Cela pour résultat que cette prononciation semble "comprimée".>>
Em termos vocálicos, o Brasileiro nunca estêve muito perto do Português "original", até porque sofreu muitas outras influências, nomeadamente a italiana; esta influência é, por exemplo, a razão principal para o uso das vogais sempre abertas.

O facto de em Portugal se falar depressa e as vogais "parecerem" comprimidas, não significa que elas não sejam faladas ou que tenham perdido importância... É errado afirmar que em Portugal se diz "croa" ou "conlisenss" de forma habitual e permanente. Eu nunca disse.
Mallorquí.   Tue Oct 02, 2007 12:36 pm GMT
Zatsu, bom dia,

Hoje almocei com un colega de Amarante, e falámos das pronúncias do português em Portugal.

O meu colega pronuncia as vogais mais semelhantes às do Brasil que às de Lisboa. Concorda comigo que, quando un alfacinha fala depressa, tem tendência a fazer desaparecer muitas vogais âtonas.

Tenho cá em casa a televisão portuguesa. Quando um apresentador, nos telejornais, fala, não faz desaparecer essas vogais mas, quando se trata de teleromances, insisto no que já lhe disse. Em Lisboa, na rua, especialmente em locais populares, confirmei essa impressão.

Muitas vezes, a percepção de um estrangeiro é mais justa do que a de um indígena, justamente porque este está acostumado a ouvir familiarmente esse jeito de falar.

Veja um exemplo. O meu colega amarantino crescenta um "e" aos infinitivos: diz chegar"e", comer"e", sem dar por isso: passa-lhe desapercebido. Quando lho fiz notar, negou-o.

Outra coisa. Numa viagem á Madeira, ouvi muita gente pronunciar "junho" e outras palavras com "u" com um "u" semelhante ao "u" francês (ü). Foi impressão minha ou é verdade?
Mallorquí.   Tue Oct 02, 2007 10:32 pm GMT
A todos on interessados na língua portuguesa queria recomendar un filme excelente, grandioso: Palavra e Utopia.

Nesse film algumas das personagens falam com sotaque e pronúncia do português europeu, outros do Brasil. Mesmo, ao que me pareceu, o protagonista do film, o Padre António Vieira, fala, quando jovem, como no Brasil e, quando velho, como en Portugal. Mas tal vez me erro.
zatsu   Wed Oct 03, 2007 1:07 am GMT
Oi Mallorquí!

Percebo que por ser de Amarante, no Norte de Portugal, o teu colega tenha uma pronúncia diferente da de Lisboa, mas semelhante à brasileira??

Há realmente pessoas que acrescentam um "e" ao infinitivo. Diz-se dos alentejanos que eles acrescentam um "i" em alguns infinitivos, "acrescentari", "falari"... que os algarvios não falam os "ei"... claro que isso não é verdade para todos eles.

Não nego que há uma tendência (geral) para cortar e fundir as palavras umas nas outras quando se fala. Para => Pra é o exemplo mais conhecido.
Mas o que queria dizer, é que isto não é razão suficientemente forte para afirmar que em todo o Portugal se fala de uma maneira, ou de outra; às vezes são coisas da moda, e também as pessoas falam de um jeito diferente consoante a formalidade da situação, a sua própria educação, região, vivências, etc. A língua é só uma, e alguém há-de falar correctamente!^^'

Acerca dos madeirenses, realmente não sei responder... mas é possível que tenhas razão, as ilhas sofreram maior influência estrangeira.
zatsu   Wed Oct 03, 2007 1:11 am GMT
Ainda não vi esse filme. Obrigado pela recomendação!^^


Um pequeno reparo, espero que não leves a mal:
<<Mas tal vez me erro>>
**Mas talvez esteja errado.
Mallorquí.   Wed Oct 03, 2007 1:18 am GMT
Zatsu, obrigado pela correcção. Lembrar-me-ei.
olaszinho   Wed Oct 03, 2007 6:22 pm GMT
O que pensam dos pronomes mesocliticos portugueses? Eu adoro-os! :-)
Essa posiçao no interior da forma verbal é tipica do portugues......
Adeusinho
zatsu   Wed Oct 03, 2007 10:25 pm GMT
Wow, que interessante saberes isso!! Na verdade, não são "pronomes mesoclíticos", mas pronomes reflexivos ou pronomes pessoais oblíquos... em mesóclise... Mas OK.
Em Italiano é que se diz "clitico", não é?

Por acaso não são falados muito frequentemente, mas é sempre bonito quando aparecem. Foi até emocionante ler o "Lembrar-me-ei" do/a (?) Mallorquí^^
Mallorquí   Wed Oct 03, 2007 10:42 pm GMT
Zatsu, boa noite desde Maiorca (com chuva intensa).

"Lembrar-me-ei" diz-se, em catalão actual, "me'n recordaré", mas no catalão medieval era frequente (embora não universal) "recordar-me'n he". Igualmente, o hodierno "li donaré" (dar-lhe-ei) podia ser "donar-li he).

É uma das dificuldades do português (pelo menos para mim). A segunda é o infinitivo pessoal.

Em todo o caso, o português é uma língua apaixoante.
Milton   Thu Oct 04, 2007 2:29 am GMT
''O que pensam dos pronomes mesocliticos portugueses?''

A gente aqui no Brasil num usa eles.
Mallorquí.   Thu Oct 04, 2007 7:15 am GMT
Quando estive na Madeira (o que aconselho a toda a gente: que país maravilhoso!), eu sabia que, em português diz-se "batata". A minha surpresa foi ouvir a gente dizer "semilha".

Explicaram-me que, no século XIX, a Madeira importava semente de batata das Canárias e os sacos diziam, em espanhol, "Semilla de patata".

Daí tomaram "semilha" em vez de "batata".